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Fui promovido! O que muda em minha carreira?

Foto do escritor: Gislaine PradoGislaine Prado



Além da alegria e satisfação pela primeira promoção como líder, este momento também pode trazer incertezas e dúvidas. Até então seus resultados dependiam de seu esforço, conhecimento e a forma como você se relacionava com outras áreas. A partir de agora seu desempenho será medido pela forma que sua equipe irá se esforçar, buscar conhecimento, entregar e se relacionar com outras áreas. Isso parece obvio, mas na prática não é. Assumir uma equipe pela primeira vez é considerada uma das transições mais delicadas na carreira de qualquer pessoa.

O conceito trazido por Ram Charan, escritor e guru de líderes como Jack Welch (GE), nos ajuda a entender como esta transição funciona e como precisamos ficar atentos as armadilhas que podem surgir pelo caminho.

Segundo Charan, temos seis transições ou passagens de pipeline, que são:

  • De gerenciar a si mesmo a gerenciar o outros, tema deste artigo.

  • De gerenciar outros para gerenciar gestores

  • De gerenciar gestores a gerente funcional

  • De gerente funcional a gerente de negócios

  • De gerente de negócios a gerente de grupos

  • De gerente de grupos a gestor corporativo (CEO)

Isso não é uma regra engessada, a quantidade de transições, será proporcional ao porte da empresa. Com experiência em empresas globais, Ram Charan pode observar estas como críticas tanto para carreira do colaborador quanto para a perenidade dos negócios.


Um dos pontos fundamentais deste conceito, refere-se a questão de como as: habilidades, aplicação do tempo e valores profissionais mudam em cada transição. Vemos muitos líderes recém promovidos que não percebem esta sutileza e continuam de forma, muitas vezes inconsciente, agindo como se ainda fosse um membro da equipe e não o líder dela.


No requisito habilidades, este recém promovido, terá que desenvolver ou aprimorar novas competências e conhecimentos para sua nova função. Por exemplo, ele será responsável por fazer a seleção de colaboradores, monitorar o desempenho e clima da equipe, gerenciar e defender o orçamento da área e deverá cuidar ainda mais dos seus relacionamentos seja com sua equipe, pares e gestores, pois muitas decisões são colegiadas e como contribuidor individual, ele pode não ter construído uma rede tão ampla.


Quando falamos da aplicação do tempo, o grande desafio é balancear delegação e execução, ou seja, rever a forma como você administra seu tempo. O novo gestor terá que readequar sua agenda, pois precisa abrir espaço para priorizar as atividades da equipe e fazer o planejamento da área, ter tempo disponível para seus liderados seja para apoiar em projetos ou para dar feedback, sendo que até então, ele era dono de sua agenda e fazia a distribuição do tempo priorizando seus resultados.


Valores profissionais talvez seja o item que requer mais atenção dos três. Até este momento, você é reconhecido por sua excelência técnica e as entregas dependem exclusivamente de você. A partir deste momento, você precisa obter o resultado através do outro e abrir espaço para que sua equipe possa fazer o seu melhor. Muitas vezes, antes você era referência técnica da área, agora verá seu liderado assumir este papel. Entender que neste momento, você precisa acreditar que é mais importante e concentrará mais esforços na construção do seu papel como líder e nos métodos de gestão e do que se sustentar em seu domínio técnico.


Não observar estes três aspectos (habilidades, gestão do tempo e valores profissionais) podem gerar problemas e desconforto à equipe por:

  • Ter dificuldade na delegação e atuar de forma excessiva na operação;

  • Acreditar que tem que resolver tudo, sem deixar espaço para a equipe dar sugestões e participar da resolução de problemas;

  • Isolar-se no papel de líder e não procurar estabelecer alianças com seus pares, clientes, fornecedores, equipe e gestores, acreditando que seu domínio técnico é suficiente.

  • Não valorizar o sucesso dos seus liderados.

Uma reflexão a ser feita por você líder recém promovido é: Cuidado para não viver de passado e deixar de construir o futuro. As competências te levaram ao cargo de gestão, não são as mesmas que irão te manter na posição.


O coaching executivo é uma importante ferramenta para apoia-lo neste processo de transição. Entre em contato e saiba mais!



Referência: Pipeline de Liderança - O desenvolvimento de líderes como diferencial competitivo - Ram Charan, Stephen Drotter e James Noel

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